Metformina
500/850 mg
(Glucoformin,
Glifage®)
Indicações
Como agente antidiabético, associado ao regime
alimentar, para o tratamento de:
·
Diabetes do tipo II,
não-dependente de insulina (diabetes da maturidade, Diabetes do obeso, diabetes
em adultos de peso normal), isoladamente ou complementando a ação das
sulfoniluréias;
·
Diabetes do tipo I, dependente de
insulina: como complemento da Insulinoterapia em caso de diabetes instável ou
insulino-resistente.
Posologia e Administração
.
-
A posologia deve
ser individualizada
-
Dose terapêutica usual:
um comprimido de 500 mg a cada 12 horas, preferencialmente após uma refeição.
-
Se necessário, a dosagem pode ser aumentada
até o máximo de 3 comprimidos ao dia, a critério médico. A ação do Glucoformin
é progressiva e uma avaliação final de sua eficácia deve ser feita somente
após 3-4 semanas de tratamento.
-
Superdosagem:
a hipoglicemia pode ocorrer quando a metformina e tomada juntamente com
sulfoniluréias, insulina ou álcool em pacientes diabéticos.
-
O produto deve ser
administrado de forma fracionada,
-
Não deve ser
excedida a dose máxima recomendada que é de 2550 mg.
Pacientes diabéticos
do tipo I (dependentes de insulina):
A
metformina nunca substitui a insulina em
casos de diabetes dependentes de insulina. A associação de metformina pode,
no entanto, permitir redução nas doses de insulina e obtenção de melhor
estabilização da glicemia.
Pacientes idosos
Uma vez que o
envelhecimento está associado com redução da função renal e a metformina é
eliminada, fundamentalmente, pelos rins, o produto deve ser usado com
cautela em pacientes idosos.
Precauções
-
Antes de iniciar o
tratamento com a metformina, deve ser medida a creatinina sérica (nível sérico
de creatinina <1,5mg/dl em adultos) e, a seguir, monitorada regularmente uma
vez ao ano, em pacientes com função renal normal e duas a quatro vezes ao
ano, quando a creatinina sérica estiver no limite máximo normal, especialmente
em pessoas idosas nas quais este limite é inferior.
-
É necessária
cautela se houver qualquer elevação da creatinina sérica, por exemplo, no
início da terapia diurética anti-hipertensiva.
-
Se houver
necessidade de realizar exames radiográficos com utilização de contrastes (urografia
excretora, angiografia), deve-se interromper o tratamento com metformina 48
horas antes dos exames, só o reiniciando decorridas 48 horas após a realização
dos exames, de maneira a evitar ocorrência de acidose lática.
-
Seu uso também não é recomendável em condições
que possam causar desidratação ou em pacientes que sofram de infecções graves
ou trauma.
-
Pode ser utilizado em pacientes idosos, desde
que a função renal não esteja comprometida.
-
Não é recomendável seu uso em crianças.
-
Quando usado isoladamente, não tende a causar
hipoglicemia. Porem, quando administrado em combinação com uma sulfoniluréia
ou insulina, os níveis de glicose no sangue devem ser monitorizados. Embora a
metformina seja muito eficaz no controle da hiperglicemia em pacientes
diabéticos, a droga não provoca a diminuição dos níveis de glicemia em
pacientes não-diabéticos. A segurança global do Glucoformin é comparável à das
sulfoniluréias.
Reações adversas
Normalmente é bem tolerado, embora, como ocorre
com qualquer medicamento, às vezes registram-se efeitos colaterais indesejáveis.
Os efeitos colaterais mais comuns são as
perturbações do trato gastrintestinal (anorexia, náuseas, desconforto
abdominal e diarréia).
lnterações
medicamentosas
Certos agentes
hiperglicemiantes (corticoesteróides, diuréticos tiazídicos, contraceptivos
orais) podem alterar o curso do diabetes e tornar necessário aumento da dose de
metformina ou sua combinação com sulfoniluréias hipoglicemiantes ou terapia com
insulina.
A metformina, usada
isoladamente, nunca ocasiona hipoglicemia.
Entretanto, é necessário estar atento à potencialização de ação, quando é
administrada em associação com insulina ou sulfoniluréias hipoglicemiantes.
Contra-Indicações
- Hipersensibilidade à
metformina,
- Coma hiperosmolar
- Cetoacidose diabética
-
Insuficiência renal
orgânica ou funcional, inclusive casos leves (creatinina sérica >1,5mg/dl em
adultos)
- Insuficiência cardíaca
- Insuficiência hepática
grave
- Insuficiência
respiratória grave
- História recente de
infarto agudo do miocárdio
- Alcoolismo
- História de/ou estados
associados com acidose láctica
- Estados clínicos
predisponentes à hipoxia tecidual (anemia intensa, hemorragias importantes,
choque circulatório, gangrena, baixo débito cardíaco,
septicemia, infecção urinária, pneumopatia).
- Apesar de não ser
teratogênico e não atravessar a barreira placentária, não é aconselhável seu
uso durante a gravidez ou amamentação.
Indicações
Existem três situações
clínicas básicas para o uso de Glucoformin:
-
Primariamente no tratamento do diabetes
mellitus não dependente de insulina (tipo II), quando o tratamento dietético
isolado tiver se mostrado insuficiente. É especialmente útil em pacientes com
excesso de peso, nos quais freqüentemente provoca diminuição de peso.
-
Como medicamento complementar ao tratamento
com outros antidiabéticos orais (ex.: sulfoniluréias), principalmente em casos
de falência secundária ao tratamento com estas drogas orais.
-
Em pacientes com diabetes mellitus
insulinodependentes (tipo I) que não estão adequadamente controlados, o
Glucoformin também pode ser adicionado ao regime terapêutico em uso para
melhorar o controle metabólico e mesmo diminuir a necessidade diária de
insulina.
- Advertência
A metformina pode desencadear ou contribuir para o aparecimento de acidose
lática. A
incidência de acidose lática pode e deve ser reduzida através da monitorização
cuidadosa dos fatores de risco:
·
Condições
- a insuficiência renal aguda, orgânica ou funcional, desempenha papel
predominante, uma vez que a falta de excreção urinária leva a acúmulo de
metformina.
·
Sinais premonitórios
- o aparecimento de cãibras musculares acompanhadas por alterações digestivas,
dores abdominais e astenia intensa, em um paciente tratado com metformina, deve
despertar a atenção do médico.
·
Observação:-
O tratamento deve ser interrompido se houver elevação dos níveis sanguíneos de
lactato, acompanhada de aumento da creatinina sérica. As amostras de sangue para
determinação do lactato devem ser tiradas com o paciente em repouso, sem
utilizar garrote.
-
A metformina atua
principalmente por meio da diminuição da neoglicogenese hepática mas existem
outros mecanismos de ação relatados como a indução a anorexia, diminuição da
absorção intestinal da glicose, aumento da captação da glicose a nível
muscular e pelos adipócitos.
-
Não sofre metabolização e é rapidamente excretada pelos
rins.
-
Deve ser utilizada em pacientes com DM tipo II que não
responderam adequadamente a dietas e são obesos, sendo o medicamento que
apresentou os
melhores resultados na prevenção de doenças
cardiovasculares, com redução na mortalidade e menor ganho ponderal.
-
Não deve ser utilizada em pacientes com propensão a
desenvolver acidose lática, portadores de insuficiência cardíaca,
respiratória, hepática ou renal, gravidez e alcoolismo.
-
Não deve ser utilizada em homens com creatinina superior
a 1,5 mg/dl. e mulheres 1.4 mg/dl.
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