A cocaína é uma droga "psicostimulante". Quando usada provoca acúmulo de neurotransmissores estimulantes entre os neurônios como uma "descarga de adrenalina mantida". Isto leva à um estado de estimulação e euforia puramente químicos, taquicardia, aumento da pressão arterial, contração dos vasos sanguíneos (a circulação sanguínea fica comprometida e aumenta o risco de infarto cardíaco e "derrame cerebral"), as pupilas se dilatam, os "olhos ficam arregalados", tremores ou outros movimentos involuntários, e algumas vezes até crises convulsivas.
Física e Psicológica. Os sintomas da dependência física e psíquica aparecem quando a concentração da droga diminui ou ela é retirada subitamente. Estes sinais e sintomas de retirada da droga é que caracterizam a "síndrome de abstinência" e dificultam o início do tratamento de quem deseja se desintoxicar. Tanto quanto o uso diário. Analisando algumas características entre usuários "recreacionais" e diários da cocaína, os resultados demonstraram poucas diferenças. Outro aspecto importante é que mesmo quem nunca usou cocaína pode, na primeira vez que o fizer, apresentar "derrames cerebrais", crises convulsivas, hemorragias e hematomas intracranianos (coágulos dentro da cabeça), entre outras complicações. Isto vem sendo demonstrado em vários trabalhos publicados. Além disso, a cocaína pode provocar alterações na função reprodutiva como impotência sexual e ginecomastia (aumento da mama em homens), em mulheres alterações do ciclo menstrual do tipo amenorréia (interrupção da menstruação e infertilidade) e galactorréia (eliminação de secreção leitosa na mama). Durante a gestação o uso da cocaína pode provocar má formação do feto, pois a droga diminui a oxigenação. Os efeitos podem ser: fetos natimortos, nascimento de bebês com microcefalia (crânio pequeno), retardo mental, alterações ósseas, baixo peso, irritabilidade, atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor e algumas vezes nascem com crises convulsivas, ainda sob efeito da droga passada através da mãe. A cocaína "aspirada" provoca os mesmos efeitos que a injetável, a diferença é que como qualquer outra droga injetável seu efeito é mais rápido. Mas é bom lembrar que existem outras complicações muito graves provocadas por drogas injetáveis, tais como: AIDS, sífilis, hepatite (que pode levar à cirrose), malária e outras. Além disso as drogas estão sendo comercializadas adulteradas com talcos, pó de broca e outras substâncias que provocam outros efeitos tóxicos. É um quadro clínico que ocorre quando a concentração da droga no organismo diminui ou é retirada subitamente. Caracterizada por intensa depressão, motivo pelo qual ela é novamente procurada para consumo, quando poderia ser tratada com medicação adequada e psicoterapia.
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